Distancias
Idanha-a-Velha - 12 km
Castelo Branco - 42 km
Guarda - 42 km
Porto - 176 km
Lisboa - 258 km
Salamanca - 158 km
Madrid - 366 km
Badajoz - 74 km
Monsanto dista cerca de 25 Km de Idanha-a-Nova, sede do concelho. O acesso a esta localidade faz-se pela Estrada Nacional 239 e pela Estrada Municipal 567.
Monsanto, escolhida em 1938 como "aldeia mais portuguesa de Portugal". Merece o título: empoleirada numa encosta granítica, as casas surgem apertadas entre enormes penedos, com minúsculos quintais e hortas separados por muros de pedra e ladeiras talhadas na rocha viva e que se fundem com ela. O castelo começou por ser um castro lusitano, depois restaurado pelos romanos, e sofreu uma longa história de combates e cercos. Tudo na aldeia foi cuidadosamente preservado, e na pousada local o visitante pode apreciar pratos da região, como sopa de favas e coentros e arroz de coelho.
Trata-se de um local muito antigo, com registo de presença humana desde o Paleolítico. A falta de trabalho aprofundado de carácter científico no campo da arqueologia faz com que certos períodos da pré e proto-história do lugar permaneçam envoltos numa certa obscuridade. De qualquer forma, vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e de villae e termas romanas no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte.
Terra conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, em 1165, foi doada à Ordem dos Templários que lhe edificaram o castelo, sob as ordens de D. Gualdim Pais. Em 1174 Monsanto recebeu foral do mesmo monarca, o qual foi confirmado por D. Sancho I, em 1190, que, ao mesmo tempo, a mandou repovoar e reedificar a fortaleza desmantelada nas lutas contra Leão; mais tarde, em 1217, D. Afonso II confirmou novamente o primeiro foral. A Ordem do Templo mandou reedificar a fortaleza e as muralhas em 1293. Com D. Dinis obteve, em 1308, Carta de Feira na ermida de S. Pedro de Vir-a-Corça.
O rei D.Manuel I outorgou-lhe novo foral e deu-lhe a categoria de vila no ano de 1510. Em 1758 Monsanto era sede de concelho, privilégio que manteve até 1853. Daqui decorre a designação de "vila" ainda hoje atribuída pelos monsantinos à sede da freguesia. Em meados do séc. XVII D. Luis de Haro, ministro de Filipe IV, tentou o cerco a Monsanto, sem sucesso. Mais tarde, no inicio do século XVIII,o Duque de Berwick põe também cerco a Monsanto. O exército português, comandado pelo Marquês de Minas, derrotou o invasor nos contrafortes da escarpada elevação.
Já no século XIX, o imponente castelo medieval de Monsanto foi parcialmente destruido pela explosão acidental do paiol de munições, numa noite de Natal, restando actualmente apenas duas torres, a do Peão e a de Menagem, para além das belíssimas ruínas da Capela de S.Miguel (séc. XII).
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Antes ainda de entrar na aldeia de Monsanto, poderá observar a magnífica paisagem que se desfruta do baluarte, que hoje se utiliza como estacionamento.
Poucos metros adiante, encontra-se a Igreja Matriz . Provavelmente construída no século XV, teve reforma no século XVIII, mas mantém na fachada elementos mais antigos, como o portal românico. No seu interior podem ainda admirar-se imagens e altares muito bonitos, em especial o Altar-mor com um magnífico trabalho em talha dourada.
Siga até ao Largo do Pelourinho, pela Rua da Capela onde se situa a Antiga Adega e um pouco mais à frente a Pousada de Monsanto . Também denominado de Largo da Misericórdia, o largo onde se encontra o Pelourinho e a Antiga Capela do Socorro é como que fechado pela Igreja da Misericórdia . Com características essencialmente românicas, esta igreja sofreu algumas remodelações.
Suba até à Torre do Relógio ou de Lucano . No cimo está a Réplica do Galo de prata, símbolo da atribuição do título de Aldeia Mais Portuguesa de Portugal a Monsanto. Aproveite para se sentar nos bancos que dão para uma vista espectacular sobre a planície de Idanha. Volte à Igreja da Misericórdia e, seguindo pelas suas traseiras desça a Rua do Relógio até à Capela e à Porta de Santo António . De regresso à Porta de Santo António, pode ver perto do Cemitério, a Capela de Santo António , do século XVI, com uma abóbada gótica na capela-mór.
Suba à direita pela Rua de Santo António e na Rua da Barreira Quebrada, siga a direcção dos alpendres e de um Passo da Via Sacra. Suba até à Fonte do Ferreiro onde um pequeno azulejo afirma que “A água desta nascente matou a sede a obscuros heróis”. Em frente à casa número 13 suba à direita para o Castelo. Pelo caminho encontrará uma Gruta e, junto do Forno Comunitário , um miradouro natural da campina e do casario de Monsanto que se estende pela encosta. Para ver ainda existe a "Casa de Uma Só Telha" com uma particularidade: a cobertura é uma rocha granítica. Devido às características da região era frequente fazer-se este tipo de aproveitamento. Suba a Rua do Castelo. A antiga fortificação de Monsanto apresentava duas portas: a Porta da Traição e a Principal. Esta última situada junto à Casa do Guarda tinha acesso em "L" e arcos de volta perfeita. O castelo apresenta, tal como toda a povoação, adaptações às irregularidades do piso.
No interior do recinto amuralhado do Castelo, encontra-se a "Cisterna" , no centro de um polígono delimitado pela Torre de Menagem , pela Casa dos Governadores e pela Igreja de Santa Maria do Castelo . Esta é resultado de uma reconstrução de um anterior edifício religioso da Ordem dos Templários. Em Maio é palco da Festa de Santa Cruz, em memória de um cerco a que a povoação resistiu.
Consta que a população fez rolar encosta abaixo uma vitela recheada de trigo, enganando o invasor que levantou o cerco por pensar que existiriam víveres em abundância. Fora do recinto amuralhado encontra-se a Capela de São João , da qual resta apenas um arco junto à muralha, e a Capela de São Miguel . Construção do século XII/ XIII, de características românicas, tem em redor das ruínas algumas sepulturas escavadas na rocha . No século XVI o templo encontrava-se no meio do casario. Fora das muralhas existem os vestígios da Torre do Pião , ponto de vigia do período medieval (século XII).
Volte a descer a Rua de Santa Maria do Castelo. Na esquina onde se situa a casa onde Fernando Namora exerceu medicina, siga a esquerda até ao Miradouro e desça na direcção da Torre do Lucano .
Antes de aqui chegar, vire pela ruela à direita que desemboca no Largo do Pelourinho, onde deverá subir para a Rua do Castelo. Vire à esquerda para a Rua Marquês da Graciosa onde funciona a Junta de Freguesia.
Situado na rua com o mesmo nome, o Solar do século XVIII, que pertenceu à família de Giraldes de Andrade, Alcaide-Mor de Monsanto, é actualmente o local do Posto de Turismo. O Solar da Família Pinheiro é do século XVIII. Situado na Rua do Marquês da Graciosa tem na fachada uma fonte, o Chafariz do Mono ]. Desça pelas traseiras da Pousada de Monsanto até ao amplo Largo do Cruzeiro . Aqui, perto do cruzeiro que da nome ao Largo encontra se o Chafariz da Fonte Nova . Daí, descendo a Rua Fernando Namora encontrará à esquerda uma casa de habitação que tem a particularidade de ter sido habitada por este médico-escritor famoso e situar se próximo do Chafariz do Meio .
Um pouco mais à frente está a Capela do Espírito Santo . Com características renascentistas e mandada construir no século XVI, a capela apresenta uma pequena torre sineira e está adossada a uma das portas da vila: o Arco de São Sebastião ou do Espírito Santo , que se encontra junto de uma guarita abandonada.
Casa do Leão (Aluguer)
A casa situa-se dentro das muralhas de Monsanto. Esta casa brasonada é exclusiva, e luxuosamente decorada e mobilada com antiguidades do Séc. XVIII, e Séc. XIX. Possui sala de estar c/ salamandra, Quarto D. Maria com cama original do Séc. XVIII, casa de banho estilo antigo, sala de jantar/quarto e cozinha completamente equipada. Máx. ocupação 2/3 pessoas.
Casa da Gruta (Aluguer)
Esta casa é a mais típica e romântica de Monsanto, situada dentro de uma gruta. Possui quarto c/ casa de banho (Estúdio), decorada com mobiliário original do Séc. XVII. Máx. ocupação 2 pessoas.
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