Idanha-a-Velha, é uma pequena vila que parece adormecida entre os oliveirais mas cujo passado histórico teve uma importância testemunhada pela catedral e pelas inúmeras ruínas, transformando-a num museu ao vivo.
Elevada a cidade episcopal em 534, diz-se que foi aí que nasceu um rei visigodo, e a velha catedral, restaurada no início do século XVI, ainda conserva pedras esculpidas e inscritas do tempo dos romanos.
Vale a pena admirar a Igreja Matriz renascentista, o pelourinho do século XVII e as ruínas da Torre dos Templários.
Idanha-a-Velha pequena aldeia de ambiente pitoresco, pelo notável conjunto de ruínas que conserva. ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do País. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana (séc. I a.C.), inserida no território da Civitas Igaeditanorum, tendo sido, mais tarde, município romano. Uma inscrição datada do ano 16 a.C., onde consta que Quintus lallius, cidadão da Emerita Augusta (Mérida) "deu de boa vontade um relógio de sol aos Igeditanos", testemunha a existência no núcleo urbano nesse momento cronológico. Em 105, a povoação aparece referida numa inscrição da monumental ponte de Alcântara - importante obra de engenharia romana - como um dos municípios que contribuíram para a sua construção. Diversos vestígios evidenciam, ainda hoje, essa permanência civilizacional: entre outros, o podium de um templo no qual assenta a Torre dos Templários; a Porta Norte e respectiva muralha; um conjunto excepcional de lápides funerárias e variado espólio disperso.
A povoação conheceu no período visigótico, sob o nome da Egitânea, momentos áureos de desenvolvimento, tendo sido sede de diocese desde 599 e centro de cunhagem de moeda em ouro (trientes). São testemunhos materiais desse período, o Baptistério e ruínas anexas do "Palácio dos Bispos" e a designada "Sé-Catedral", esta com profundas alterações arquitectónicas posteriores.
Os Árabes ocuparam a cidade até à sua tomada por D. Afonso III, Rei de Leão, durante a reconquista , fazia já parte integrante do Condado Portucalense aquando da fundação de Portugal. Mais tarde D. Afonso Henriques entregou-a aos Templários. Em 1229 D. Sancho II deu-lhe foral. D. Dinis incluiu-a na Ordem de Cristo - 1319 -, seguindo-se outras tentativas de repovoamento. D. Manuel I, em 1510, institui-lhe novo foral de que o Pelourinho [11] ainda é testemunho. Em 1762 figurava como vila, na comarca de Castelo Branco; em 1811, ficava anexa a Idanha-a-Nova; em 1821 tornava-se de um pequeno concelho, extinto em 1836. Intencionalmente, e ao longo dos séculos, pretendeu-se reorganizar todo o espaço urbano, revitalizando-o no domínio social, económico, politico e cultural. Porém o seu percurso histórico, de desertificação, estava traçado. Hoje, Idanha-a-Velha (Monumento Nacional), surge renovada. Uma Aldeia Histórica criteriosamente adaptada para os que aqui residem e para os que a visitam.
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Ao chegar a Idanha-a-Velha poderá observar a monumentalidade da cerca muralhada, dos seus torreões, e da Porta Nova , ue permite o acesso ao interior da aldeia. A muralha, tem uma forma ovalada, com uma extensão de cerca de 745 m, sendo conhecidas 2 entradas e 7 torres defensivas, 4 semicirculares e 3 quadrangulares. O património construído de Idanha-a-Velha é fruto da presença de inúmeros povos que aí se estabeleceram, e foram adaptando e reformulando os espaços e os edifícios ao longo dos séculos de ocupação territorial.
Siga pela Rua da Palma até à Casa Marrocos. Esta construção deste século pertença de uma família abastada, exibe um bonito trabalhado nas varandas e cantarias. Na direcção da amoreira que dá nome ao largo, siga pela pequena rua junto à referida casa e vire à direita para a Sé Catedral . Na Rua da Sé, a recuperação de um pequeno espaço habitacional, permitiu a instalação do Posto de Turismo , onde se pode ver parte de uma habitação romana sobre a qual assenta o edifício.
A Sé, dos princípios do Cristianismo, com uma forte intervenção no período manuelino tem incorporado no lado Sul um Baptistério paleo-cristão (séculos VI/VII); muito próximo, podem ver se as ruínas do chamado Palácio dos Bispos. Junto às muralhas e próximo da Porta Sul, encontram-se fragmentos de ruínas romanas de uma habitação (séculos I-III) que se estendeu para limites exteriores à muralha, tendo sido fragmentada no momento de regressão da malha urbana (século IV).
O Largo da Sé dá acesso ao Lagar de Varas edifício importante na arqueologia industrial, que testemunha o aproveitamento de recursos da comunidade e a sua capacidade de transformação dos produtos agrícolas da região. Este espaço, recuperado recentemente, apresenta no seu interior, uma primeira sala, com duas enormes varas de prensagem e uma caldeira; na sala contígua pode ver-se o depósito de azeitona e o espaço da moagem. No pátio, onde se localiza o poço que alimentava a caldeira, construiu-se uma estrutura, assumidamente contemporânea, para exposição de um dos mais importantes acervos epigráficos romanos da Península Ibérica.
Desloque-se até ao final da rua e suba até à Torre. A Torre dos Templários , construção militar do século XIII, foi erguida no espaço do forum romano (século I), sobre o podium - o que resta de um templo romano dedicado possivelmente a Vénus. Deste ponto mais alto, domina-se uma paisagem excepcional com uma visão de conjunto sobre a aldeia. A Sul do forum, existiam as termas, cujas dimensões das estruturas já escavadas permitem supor ter sido um edifício público.
Pela Rua do Castelo, onde existe o Forno Comunitário , recentemente recuperado, siga até à Igreja Matriz. A Praça do Pelourinho marca o cruzamento de dois eixos estruturantes da aldeia, e nela se encontram elementos caracterizadores relevantes da sua importância cívica e religiosa: o Pelourinho , de estilo manuelino e classificado como Imóvel de Interesse Público, o Edifício dos Antigos Paços do Concelho, e a actual Igreja Matriz. Antiga Misericórdia, a Igreja Matriz apresenta estilo renascentista (século XVIII) com influências populares.
A Capela de São Dâmaso de estilo maneirista (1748) situa-se fora do recinto amuralhado, junto ao actual Gabinete de Arqueologia, que funciona num edifício alvo de recente recuperação, no local onde existiam os Antigos Palheiros de São Dâmaso nos quais os trabalhos de investigação arqueológica puseram a descoberto um troço da muralha romana e um torreão.
Olhando sobre o Rio Pônsul descobre-se a Ponte de origem romana, elo de ligação do importante eixo viário entre Mérida (Emérita Augusta) e Braga (Bracara Augusta), que teve várias reconstruções ao longo da Idade Média. Nas férteis margens do Rio, podem ser vistas ainda hoje, as hortas da aldeia, muito importantes na sobrevivência deste povo.
A Rua do Espírito Santo leva-nos a circundar o espaço exterior à muralha, até ao Largo e à pequena Capela do Espírito Santo . Esta pequena capela é uma construção dos séculos XVI - XVII, de estilo maneirista, e é lá que em meados de Maio, se realizam as Festas em honra do Espírito Santo.
Virando à esquerda depara-se com a Capela de São Sebastião , do século XIX.
Casa do Leão (Aluguer)
A casa situa-se dentro das muralhas de Monsanto (12 km). Esta casa brasonada é exclusiva, e luxuosamente decorada e mobilada com antiguidades do Séc. XVIII, e Séc. XIX. Possui sala de estar c/ salamandra, Quarto D. Maria com cama original do Séc. XVIII, casa de banho estilo antigo, sala de jantar/quarto e cozinha completamente equipada. Máx. ocupação 2/3 pessoas.
Casa da Gruta (Aluguer)
Esta casa é a mais típica e romântica de Monsanto (12 km), situada dentro de uma gruta. Possui quarto c/ casa de banho (Estúdio), decorada com mobiliário original do Séc. XVII. Máx. ocupação 2 pessoas.
Acesso à partida
Início do percurso: Perto da entrada norte da aldeia existe um local amplo que permite estacionamento de vários veículos, autocarros de 49 lugares inclusive.
Cafés
Fesas
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