Quinta das Lagrimas Relais & Chateaux
História da Casa |
A Quinta das Lágrimas entrou para a família dos actuais proprietários em 1730. Antes disso, a Quinta tinha já pertencido à Universidade e a uma Ordem Religiosa. Actualmente a Quinta das Lágrimas acolhe um requintado hotel de charme, pertencente à cadeia Relais&Châteaux. A Quinta é um local apaixonante, recheado de história, de lendas de amor e de recantos a descobrir. É o cenário ideal para escapar ao stress com as suas pessoas mais queridas. O Palácio foi construído no século XVIII mas um incêndio ocorrido em 1879 obrigou a grandes obras de reconstrução, tanto no interior como no exterior. A casa apresenta assim uma arquitectura do século XIX, sofrendo as variadas influências que o então proprietário, Miguel Osório Cabral de Castro, foi captando nas suas várias viagens pela Europa. Ao longo do tempo foram passando pela Quinta várias ilustres personagens, tendo algumas delas deixado testemunhos da sua presença. Uma das mais insignes dessas personagens foi sem dúvida o Duque de Wellington, comandante do corpo expedicionário inglês que ajudou a suster as invasões Napoleónicas. A sua passagem pela Quinta justifica-se pelo facto de o então proprietário da Quinta, António Maria Osório Cabral da Gama e Castro, ser seu ajudante de campo, ao seu lado combatendo na célebre Batalha do Buçaco. Lord Wellington, durante o período que aqui passou, ter-se-à enamorado pelo ambiente da Quinta e pela lenda de Pedro e Inês, como o prova a lápide que mandou colocar junto à Fonte das Lágrimas, e onde se lê a estrofe 135 do canto III dos Lusíadas:
As filhas do Mondego, a morte escura Também por ele foram plantadas duas sequóias, hoje com cerca de 190 anos, e que desde essa altura são referidas como "Sequóias Wellington". Poucos anos depois, a Quinta terá sido honrada com a visita de Sua Alteza Real o Senhor Dom Miguel I, Rei de Portugal, que, segundo os relatos da família, também terá ficado encantado com o que viu. Um outro visitante ilustre foi Sua Alteza Imperial o Senhor Dom Pedro II, Imperador do Brasil. Jardim A Lenda Perspectiva Histórica Foi para o impedir que Afonso IV ordenou a morte de Inês de Castro, numa altura em que Pedro estava ausente. Os executores foram Álvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e Pedro Coelho, validos do rei e ricos homens do Reino. Indignado com a justiça do pai, Pedro revoltou-se, e durante os meses que antecederam a celebração da paz, as suas tropas assolaram o país, chegando mesmo a ter o Porto debaixo de cerco. Pedro, mal subiu ao trono, e apesar dos perdões solenemente
jurados, logo tratou de capturar os assassinos de Inês, que se
tinham refugiado em Castela para fugir à fúria do príncipe.
As execuções dos culpados foram feitas com rigores atrozes,
que perturbaram os contemporâneos. Um dos assassinos conseguiu
escapar, mas dois foram capturados, sendo a um arrancado o coração
pelas costas e ao outro pelo peito. Em 1360 o Rei anunciou que se havia
casado secretamente com Inês e, pela mesma ocasião, mandou
construir os monumentais túmulos de Alcobaça, para onde
transladou o corpo de Inês e onde viria também ele a ser
enterrado
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Perspectiva
Romântica Da Quinta sai um cano estreito, hoje chamado "dos amores", que vai terminar a uma centena de metros do Convento. Seriam as águas que brotam da Fonte dos Amores para este cano que serviriam de transporte para as cartas de amor de Pedro para Inês. Diz a lenda que o príncipe as colocava em barquinhos de madeira que, seguindo a corrente, iriam até às mãos delicadas de Inês. Terá sido nas matas das Lágrimas que Inês foi assassinada pelos três validos de Afonso IV. Reza a lenda que esta se encontrava "posta em sossego", quando de repente se viu abordada pelos três homens, que a esfaquearam até à morte. Terão sido as lágrimas que Inês então chorou que fizeram nascer a Fonte das Lágrimas, onde o sangue que do seu corpo saiu ainda hoje está gravado na rocha, onde permanecerá para sempre. Mal Pedro subiu ao trono, logo arranjou a morte dos assassinos de Inês, fazendo-o de uma forma cruel, arrancando os seus corações. Depois transladou o corpo da sua amada para Alcobaça. Nessa altura terá sido feita uma marcha fúnebre até ao futuro local de repouso de Inês, na qual toda a Nobreza terá sido forçada a participar. Já em Alcobaça diz-se que Inês foi coroada (Camões diz nos Lusíadas que Inês "depois de morta foi Rainha"), tendo os nobres sido obrigados a beijar a sua mão Riqueza Literária |
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