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Escola Portuguesa da Arte Equestre

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A Escola Portuguesa de Arte Equestre é a reconstituição da Real Picaria, Academia Equestre da Corte Portuguesa do séc. XVIII, cujo local de trabalho era o Real Picadeiro de Belém, hoje Museu dos Coches. Encerrada no séc. XIX, os seus ensinamentos e tradição nunca deixaram de influenciar a maneira de montar em Portugal, devido à prática ininterrupta do toureio equestre em Portugal. Foi, assim conservado até hoje o mesmo tipo de cavalo utilizado no séc. XVIII, bem como a mesma equitação, as mesmas selas e os mesmos trajes.

Tudo isto constitui um património equestre único no Mundo.
A E.P.A.E. destina-se a conservar e a dar a conhecer este património e também a prática, a divulgação e o ensino da Arte Equestre de tão antigas e brilhantes tradições em Portugal.

Escola Portuguesa da Arte Equestre

Espectáculo - Ares Altos
Os Ares Altos constituem o primor máximo da Equitação Barroca. Para o ensino dos Ares Altos os Picadores recorrem aos trabalhos à vara. O principal exercício preparatório é o Piaffer, e respectivas transições ao passo, ao trote e ao parado. Além do Piaffer, ensinam os Picadores, as Corvetas, Terra a terra, galope no mesmo terreno, assim como as transições rápidas e precisas destes exercícios a andamentos mais activos, para diante com a finalidade de ir buscar frescura e criar tónus muscular para formar e executar os saltos de escola mais enérgicos como as Balotadas e as espectaculares Capriolas. Os principais Ares Altos são as Levadas, Pousadas, Corvetas, Balotadas e Capriolas.
Levada: É um Ar Alto em que o cavalo flecte graciosamente os curvilhões, puxando o peso atrás e recolhendo os anteriores aproximando-os do ventre, na atitude que vemos em tantas estátuas equestres por toda a Europa.
Pousada: Neste Ar a atitude é mais alta que a anterior e que nas corvetas havendo uma menor flexão dos curvilhões.
Corvetas: Saltos sobre os posteriores a partir da atitude de Levada. Enquanto que na pousada, o cavalo executa o exercício à base de equilíbrio devido à atitude ser mais alta, a corveta é executada mais à base da força dos posteriores, devido a um maior flexionamento dos referidos membros, sendo consequentemente a atitude mais baixa.
Balotada: Depois da preparação deste Ar em Piaffer, ou galope no mesmo terreno, o cavalo forma o salto recolhendo os anteriores e mantendo os posteriores debaixo do corpo.
Capriola: Neste Ar o cavalo concentra-se, puxando bem o peso atrás, flectindo os curvilhões, salta energicamente, elevando-se no ar e distendendo os membros posteriores, planando uns momentos na atitude de Pégaso.
Piaffer: O Piaffer é um trote no mesmo terreno com elevação e cadência.
Pirueta a Galope: Exercicio em que o cavalo roda fazendo pivot no membro posterior interno.
Trabalho à Vara: Com este trabalho inicia-se o flexionamento e a mobilização lateral dos cavalos, passando pelos trabalhos de duas pistas em redor do Pilão fixo, para a execução dos mesmos exercícios em volta do Picador. O cavalo vai-se concentrando e jogando com o seu centro de gravidade, preparando-se progressivamente para os Ares Altos.
Trabalho aos Pilões: Os Mestres antigos usavam os pilões para reforçar a concentração dos seus cavalos e diziam “os pilões dão espírito aos cavalos”. Aí a partir do Piaffer davam início ao trabalho das levadas, corvetas, balotadas e capriolas. “O cavalo que sem sela nem cabeçada pode fazer o Piaffer nos pilões, em calma, sem se enervar, está-se a arredondar mais, desenvolvendo os seus músculos no bom sentido” Mestre Nuno Oliveira. Por uma questão estética hoje em dia os pilões estão colocados no meio do picadeiro suportando as bandeiras com as armas de D.João V.
Rédeas Longas: Pelo ensino o cavalo torna-se dócil e adquire uma cadência lenta que permite ser conduzido por um homem a pé. As indicações discretas da vara, são suficientes para que execute os mais difíceis exercícios de Alta Escola que vemos no cavalo montado.
Solo, Pas de Deux e Pas de Trois: Picadores e cavalos evoluem com diversas coreografias, demonstrando vários movimentos e figuras nos três andamentos, nomeadamente trabalhos de duas pistas; Piruetas e passagens de mão aproximadas a galope; Piaffer e Passage.
Carrocel: Um grupo de dez a doze cavaleiros evolui com uma coreografia sincronizada, como uma espécie de ballet equestre.

Escola Portuguesa da Arte Equestre

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Cavaleiros
A E.P.A.E. é organicamente uma direcção de serviços do Serviço Nacional Coudélico, organismo do Ministério da Agricultura. Dirigida por um Director de Serviços, tem nos seus quadros tem 15 Picadores divididos nas seguintes categorias: 1 Mestre Picador Chefe, Mestres Picadores, Picadores, Picadores Ajudantes, Aspirantes, Alunos. O Pessoal tratador é chefiado por um Maioral.
Trajes da Escola Portuguesa de Arte Equestre
Homem de sentido estético, teimoso, grande amigo e entusiasta da EPAE, José António Torcato Freitas, foi o principal responsável pela concepção do traje actual utilizado na Escola. Depois de muitas trocas de impressões com o Sr. Eng.º Fernando d’Andrade, os Fundadores da Escola e outros colaboradores, manteve a sua teimosia, em que o traje deveria ser “bordeaux” e não “azul”, como era pretensão dos primeiros. Esta teimosia, quanto a mim, baseou-se principalmente, num quadro, do séc. XVIII, existente no Museu dos Coches, em que há um carrossel, no Terreiro do Paço, com dezenas de cavalos de pelagem castanha, em que os cavaleiros vêm vestidos com casacas da referida cor.
A existência deste quadro, nunca foi por Ele divulgada ao grupo!


Situado a 15 Km do centro histórico.
Lg. do Palácio Nacional
2745-191 Queluz
Show da Escola Portuguesa de Equitação às 11:00 da manhã todas as quartas feiras entre Maio e Outubro (excepto em Agosto)
Bilhetes: 9€ por adulto, 50% para pessoas com idade superior a 65 anos e gratuito para crianças até aos 8 anos, desde que acompanhadas de um adulto.
Palácio Queluz: Horário: das 9h30 às 17h00
Ultima entrada às 16h30
Pousada Dona Maria I

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