Algoz
Hoje a pequena vila luta contra a interioridade e isolamento. Apesar
disso, ou talvez por isso, exibe ainda alguns bons exemplares de arquitectura
tradicional e religiosa que merecem uma visita.
A Igreja Matriz, dedicada a Nª Sª da Piedade,
pelos seus belos retábulos barrocos, coro neoclássico,
alfaias religiosas. Ainda na vila alguns bons exemplares de arquitectura
popular com raízes no séc. XVI, XVII e XVIII (dos inícios
deste último refira-se o Celeiro do Monte da Piedade, raro
exemplo de depósito comunitário) e a Ermida de
S. Sebastião, simples mas gracioso templo de uma só
nave.
Nos arredores, em posição dominante que lhe oferece
majestosa panorâmica, a Ermida de Nª Sª do Pilar.
No seu interior, admire-se o belo retábulo e a suave curvatura
da cúpula, obras do séc. XVIII. A freguesia guarda ainda
outros interessantes lugares: o Poço dos Bois e a sua velha
ponte, a Lagoa do Navarro e do Viseu, o sítio do Penedo Gordo,
as grutas do Guiné (Algoz/Tunes), os restos de uma tradicional
e importante indústria cerâmica.
Alcantarilha
Foi elevada a vila no ano de 1999 e dista de Silves cerca de 11 km.
Ergue-se numa pequena colina, o que lhe confere um aspecto bastante
pitoresco. A ocidente passa a ribeira com o mesmo nome, nome esse,
nitidamente de origem árabe, proveniente da palavra "Al-Qântara"
que significa "ponte". Assim, "alcantarilha" significaria
- "a pontezinha". Parece- nos pois indubitável a
origem árabe desta povoação.
Em termos de património edificado merecem destaque a Igreja
da Misericórdia, a Capela de N. Sr.ª Carmo, a
Igreja Matriz e a sua Capela dos Ossos e ainda o conjunto
agrícola da Quinta do Rogel, classificado e em vias de recuperação
Pêra
Ao longo dos séculos a história de Pêra surge
íntima e inevitavelmente ligada a Armação de
Pêra. No século XVII, floresceu em Pêra a família
dos Galegos, de onde saiu o governador da fortaleza de Armação
de Pêra, mandada edificar pelos seus antepassados contra assaltos
de piratas.
Possui duas igrejas, a Paroquial e a de S. Francisco.
Na primeira o destaque vai para os azulejos historiados, os retábulos
barrocos do altar-mor, das capelas laterais ou da sacristia, representativos
da talha dourada nacional, ou ainda para o cadeiral do coro; na de
S. Francisco, mais uma vez a talha dourada do séc. XVIII, os
alçados pintados na capela-mor, as telas do conhecido pintor
algarvio, Rasquinho. Esta última oferece uma magnífica
varanda de onde se pode desfrutar de belas paisagens e de onde o mar
e os campos se perdem de vista.
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