Esta zona tem sido habitada desde o paleolítico,
como testemunhou, em 1925, o geólogo Serpa Pinto: as pequenas
serras "ancorenses" eram de facto de origem humana. Existem
por lá, várias conchas de moluscos dos quais os primeiros
habitantes se alimentavam.
A
região tem, também vários megalíticos.
Um dos vários exemplos que podem ser vistos é o "Dólmen
da Barrosa" situado dentro da própria cidade. Foi erguido
no final do terceiro milénio a.C. (era do neolítico)
e está classificado como monumento nacional.
A cidade era muito rica, durante a ocupação romana,
devido à extracção de minérios (ouro,
estanho...) do rio Âncora. Os historiadores referem uma séria
de lendas, como aquela em que o conde D. Pedro atribui, a origem do
nome Âncora ao assassinato da rainha D. Urraca pelo rei D. Ramiro
II, que a afogou no rio, com uma âncora atada ao pescoço,
como castigo pelo adultério.
A
cidade, nos registos da igreja de 1258, é referenciada como
sendo a paróquia de Santa Marinha de Gontinhães. Nessa
altura, a cidade não estava situada perto do mar, mas sim muito
bem escondida para evitar que fosse uma presa fácil para os
barcos escandinavos, que exploravam a costa da Península Ibérica.
A pesca era, em 1758, já uma das actividades da cidade, visto
que os registos da paróquia se referem a um porto de abrigo
na Lagarteira (actualmente no norte da cidade), chamado Portinho.
Perto do porto, estava situada a fortaleza de D. Pedro III, também
conhecida como o Forte da Lagarteira, que era o quartel general do
governador. Actualmente, ainda alberga impressionantes peças
de artilharia. Em 1924, a aldeia, devido ao seu desenvolvimento, foi
elevada a cidade e recebeu o nome de Vila Praia de Âncora.
|