Palácio Nacional de Sintra

O Palácio possui o maior conjunto de azulejos mudéjares do país.
As suas chaminés constituem o ex-libris de Sintra

História

Construído durante a ocupação dos Mouros, a traça que hoje lhe conhecemos é fruto de três obras sucessivas de ampliação.

Depois da Reconquista , o Paço passou para a posse da Coroa e foi substancialmente ampliado, não só no reinado de D. Dinis , monarca que preceituou, em 1281, que a conservação do Paço estaria a cargo dos mouros forros de Colares.

Ainda mais significativas foram a segunda no reinado de D. João I , inícios do séc. XV, responsável pelo corpo central do edifício.

A terceira no reinado de D. Manuel I , no primeiro quartel do séc. XVI, que lhe acrescentou vários corpos e enriqueceu, sobremaneira, o interior do palácio, senda hoje possuidor da mais significativa coleção de azulejos mudéjares do mundo.

Sala das Pegas

Esta sala tem o nome de Sala das Pegas devido às 136 pegas pintadas no teto. Cada pega segura uma rosa, símbolo da casa da rainha Dona Filipa de Lencastre e a frase “por bem”.

Uma lenda conta que o seu marido, D. João I (1385-1433) foi surpreendido por umas senhoras da courte beijando uma cortesã que as levou a “piar” sobre o assunto.

O rei justificou-se perante sua rainha com a desculpa que foi “por bem”. Em seguida fez pintar as 136 pegas (o numero de senhoras da corte na altura) para que nunca se esqueçam do nível de discreção que se devem de respeitar.

Sala dos Cisnes

O interior é magnifico, dando a sensação de entrarmos num verdadeiro conto da época quando admiramos o teto da Sala dos Cisnes invocando o casamento real entre a Infante D. Isabel de Portugal e D. Filipe de Borgonha .

Cozinha

A cozinha do palácio é gigantesca e concebida para cozinhar para centenas de convidados, assar bois inteiros no espeto era prática comum.

Este facto dá uma ideia do tipo de vida que tinham os reis de Portugal no século XV et confirma as suas reputações de grandes cavaleiros e caçadores.

Sala dos Brasões

Os brasões das 72 mais nobres casas lusitanas contemporâneas do Rei D. Manuel I estão representados no tecto.

As paredes estão cobertas de Azulejos que datam do século XVI pintados com representações de cenas de caça.