Tavira |
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O concelho de Tavira é do ponto de vista administrativo constituído por nove freguesias, duas delas situadas na cidade de Tavira, sede do concelho. Tavira é de antiga fundação. Dados conhecidos permitem estabelecer a continuidade de presença humana no local hoje ocupado por Tavira, a partir do domínio muçulmano. Sabe-se, porém, que no século VIII a.C. os fenícios estabeleceram aqui uma fortaleza, na colina hoje designada de Santa Maria. O período de dominação romana deixou marcas indeléveis na antiga cidade de Balsa, cidade referenciada nas fontes antigas, poucos quilómetros a ocidente de Tavira. Toda a vasta zona designada pelos muçulmanos de Al Garb al Andaluz foi ocupada por estes a partir de 712, mas só muito mais tarde Tavira é referenciada nas fontes escritas. As primeiras notícias são do século XI e referem-se ao movimento do seu porto. Os muçulmanos reconstruíram as muralhas de Tavira, que estão em parte conservadas. Durante a reconquista cristã dá-se a fundação de Portugal e a dilatação do seu território. Tavira é conquistada aos mouros, em 1242, por intermédio do Mestre da Ordem de Santiago, D. Paio Peres Correia, e seu exército. |
A partir de meados do século XIII, depois da reconquista cristã do Algarve, aumenta a intensidade da vida urbana no litoral. Nos séculos seguintes, Tavira acumula importância devido à sua posição privilegiada e ao dinamismo do seu porto. É elevada a cidade em 1520 por D. Manuel I, que também lhe concedeu um segundo foral, por ser o mais importante porto comercial e o principal aglomerado populacional do Algarve. Com o abandono das praças de África, a mudança dos |
mercadores e homens ricos para Sevilha perante as novas perspectivas do comércio com as Índias ocidentais, o assoreamento do rio e o aumento da tonelagem das embarcações, a actividade portuária acabou por se reduzir, reflectindo-se na perda de importância estratégica, económica e social da cidade. |
As funções de Tavira ficaram então limitadas às pescas, às salinas e à agricultura, centradas nas produções tradicionais de exportação (peixe, sal, figo, azeite, vinho, amêndoa e alfarroba). A cidade perdeu o bulício de outrora, estagnou por longos anos em termos económicos, demográficos e da estrutura urbana. O crescimento urbano do século XVI até meados do século XIX, apenas teve expressão na Ribeira e nos quarteirões que lhe equivalem na |
margem direita do rio, mantendo-se as Hortas DEl Rei e do Bispo. A actividade pesqueira manteve-se sempre importante, contudo nos anos 50 com o afastamento dos cardumes de atum da costa, a pesca entrou em crise. Inicialmente, em Santa Luzia praticava-se a pesca por xávegas e a anzol e a partir de 1842 até meados do século XX com o aparecimento da armação do Barril, através do copejo do atum. O passado histórico desta cidade é bastante rico e pode ser testemunhado nos seus edifícios, nos achados arqueológicos e no traçado das ruas do centro histórico. (Para mais informação - www.arqueotavira.com) |
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